
Na sociedade atual pautada pelo consumismo e a busca da imagem perfeita independentemente dos custos, diversas e novas técnicas são diariamente criadas e testadas para proporcionar melhorias físicas e estéticas na vida de quem deseja.
Muitas pessoas, ao se olharem no espelho, podem sentir-se insatisfeitas com o que veem. Isso acontece devido fatores como a imposição de determinados padrões da sociedade que são veiculados nas publicidades.
Quando a insatisfação passa dos limites, fazendo com que a pessoa se envolva em tratamentos arriscados ou que realize-os com grande frequência, é necessário atentar-se para um possível distúrbio psicológico denominado Transtorno Dismórfico.
O que é dismorfia corporal?
Considerada um transtorno psicológico complexo, a dismorfofobia, também conhecida como transtorno dismórfico corporal, caracteriza-se por uma ansiedade irracional relacionada à auto imagem, geralmente focada em um determinado defeito físico que é imaginado pelo paciente.
Cerca de 0,7% da população mundial possui a dismorfofobia presente em suas vidas. No entanto, na maioria dos casos, as pessoas não sabem que estão acometidas por ela. Sem tratamento, o transtorno de imagem pode evoluir para adversidades maiores, repercutindo de formas sérias para quem o possui. Existem alguns casos de famosos que repercutiram nas mídias, como o cantor Michael Jackson, por exemplo.
Não é somente aparência
Muito além de vaidade, a pessoa que possui o distúrbio de imagem corporal em seus dias tem a sensação de angústia com sua aparência e, por mais que os amigos, familiares e médicos procurem alertá-lo sobre sua visão alterada da realidade, ela irá buscar ajuda médica para modificar aquilo que considera estar errado em sua aparência.
A pessoa dismorfofóbica tem extrema dificuldade em tornar-se consciente do distúrbio pois considera que seu defeito físico é real. Um dos principais sintomas do transtorno é a alteração na visão da realidade, o que faz com que a pessoa fique desconfortável quando está posicionada em frente ao espelho. Visualizar seu reflexo no espelho pode, até mesmo, desencadear em crises de ansiedade.
Além disso, o paciente com dismorfofobia imagina que todas as outras pessoas só conseguem enxergar o seu defeito e que é comum ser zombado entre elas quando não está presente nos lugares. Isso pode fazer com que ele acabe se isolando de vivências sociais.
Quando está relacionada ao peso, a dismorfofobia pode desenvolver transtornos alimentares como anorexia e bulimia.
Dismorfia corporal sintomas
Assim como em outros casos de transtornos, caso seja percebido a presença de transtorno dismórfico corporal sintomas, o mais indicado é buscar ajuda profissional a fim de reverter o caso. Entre os sintomas físicos e psicológicos que costumam ser recorrentes no transtorno dismórfico, temos:
- Obsessão excessiva com determinado defeito físico
- Necessidade constante em pesquisar sobre como mudar o defeito
- Compulsão em ficar se olhando no espelho
- Fixação por espelhos ou fuga constante dos mesmos
- Busca por procedimentos variados para corrigir o defeito existente
- Utilizar recursos extremos a fim de esconder ou eliminar o defeito
- Abandono de atividades importantes da rotina, como trabalho, estudos e outros afazeres, para buscar soluções para o defeito
Tratamento
Não existem tratamentos específicos para a dismorfofobia. Num geral, o primeiro passo é conseguir convencer o paciente de que o defeito existente, na verdade, não se trata de um defeito real. A busca por cirurgiões plásticos geralmente ocorre antes de um acompanhamento psicológico, o que pode dificultar no diagnóstico do transtorno.
A terapia cognitiva-comportamental geralmente é aplicada nos casos de transtorno dismórfico, juntamente com o uso de medicamentos como antidepressivos, pois geralmente tratam-se de pacientes angustiados. A união desses tratamentos costumam produzir bons resultados, aumentando a autoconfiança dos pacientes e colaborando, assim, para que eles tenham uma vida mais tranquila. Caso exista real necessidade, a cirurgia estética pode ser, sim, uma opção para reduzir ou eliminar as manifestações do transtorno.
O apoio da família e amigos também é extremamente importante no acompanhamento de pessoas com dismorfofobia, pois os entes queridos ajudam o paciente recuperar a confiança em si mesmo.
Cuide de seu corpo e mente
É importante, para todas as pessoas, ter consciência de que cada pessoa possui suas características físicas e que, embora a mídia veicule padrões estéticos, devemos treinar o pensamento para gostarmos de nós mesmos. Aparência não é tudo, não devemos nos limitar a isso. Concentre-se em suas qualidades e na sua real essência, que é o que realmente importa.
Busque estar cercado de pessoas queridas e que agreguem boas coisas e momentos para você, pratique exercícios físicos e tenha bons hábitos alimentares. Essas atitudes não só melhorarão sua saúde física, mas também a sua saúde mental.
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